Ambiguidade, o dúbio... Pesquisa sobre estes conceitos na arte.


Tim Eitel

Tim Eitel, Abend, óleo s/ tela, 210 x 300 cm, 2003 Fonte: http://www.kunstportal-bw.de/mbneuemalerei4a.html

Os quadros de Tim Eitel combinam abstracção geométrica e realismo baseado em fotografia. A atmosfera sugerida por estes trabalhos é misteriosa e estranhamente parada. Eitel (Leonberg, 1971), é um artista alemão, um dos mais bem sucedidos artistas da Nova Escola de Leipzig. A sua pintura tem sido marcada pela presença da arquitectura modernista da "grande cidade", as paisagens dos parques e os vastos céus colidem como campos de cor finamente delineados. 

As pessoas nas pinturas de Eitel parecem sempre isoladas, imersas nelas próprias, interiores, muitas vezes em contraste com o mundo que as rodeia. Movem-se através de mundos estranhamente estéreis como se estivessem numa bolha invisível. Os seus edifícios representam museus reais, algumas composições pictóricas à la Mondrian unem-se aos interiores de forma surrealista, as paisagens de natureza abstracta parecem congeladas em campos frescos de cores. Contudo, n
os seus trabalhos mais recentes esta natureza luminosa não aparece, as figuras surgem perdidas em intermináveis tons monocromáticos ou num negro profundo e rico. Eitel fala de "mundos paralelos".

Os seus quadros estão cheios de disposições difusas, cujo carácter se mantém ambíguo...

Fonte: http://www.dbartmag.de/archiv/2006/e/2/1/419.html  

Mais informação em: http://cgi.eigen-art.com/user-cgi-bin/index.php?article_id=665&clang=1

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Tim Eitel, Aufstieg, óleo s/ tela, 250 x 210 cm, 2010 Fonte: http://www.eigen-art.com/


Ron Mueck

Ron Mueck, Exposição Individual, Queensland Gallery of Modern Art, 2010 Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=QiuIGydJkBc 
Ron (Ronald) Mueck (Melbourne, 1958) é um escultor australiano hiper-realista que trabalha na Grã-Bretanha.

Este escultor utiliza efeitos especiais cinematográficos para criar as suas obras de arte. São incrivelmente realistas e se não fosse o tamanho das suas esculturas, certamente, seriam fáceis de serem confundidas com pessoas.
No início da sua carreira, foi fabricante de marionetas e modelos para a televisão e filmes infantis, nomeadamente, no filme Labyrinth.

Mueck criou a sua própria empresa em Londres, trabalhando para a indústria da publicidade. Embora os seus projectos e trabalhos fossem altamente detalhados, estes eram geralmente projetados para serem fotografados de um ângulo específico. Mueck cada vez mais queria produzir esculturas realistas. Em 1996, Mueck, colaborou com a artista Paula Rego, para a produção de pequenas figuras como parte de um quadro que ela estava a mostrar na Hayward Gallery. Rego apresentou-o a Charles Saatchi, que ficou imediatamente impressionado.
De facto, as esculturas de Mueck reproduzem fielmente os detalhes do corpo humano, mas joga com escala para produzir  imagens visuais desconcertadas e dúbias. Uma das suas obras mais impressionantes, tem cinco metros de altura, é a escultura "Boy" de 1999, que foi exposta na Bienal de Veneza. 

Em suma, na arte de Mueck encontramos uma certa ambiguidade, pode-se dizer que é a possibilidade de uma mensagem ter dois sentidos. 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ron_Mueck

Mais informação em: 
http://christchurchartgallery.org.nz/exhibitions/ron-mueck/
http://man-sport-shoes.com/The_Hyper-Realist_Sculptor_Artwork_of_Ron_Mueck.html


Jeff Koons

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Jeff Koons, Balloon Dog (Yellow), High chromium aço inoxidável com revestimento de cor transparente, 307.3 x 363.2 x 114.3 cm, 1994-2000 The Steven and Alexandra Cohen Collection © Jeff Koons Fonte: http://www.metmuseum.org/special/koons_roof/view_1.asp?item=0

O artista plástico Jeff Koons nasceu em York, Pensilvânia (EUA), em 1955. Os seus trabalhos possuem uma forte relação com o conceito de Kitsch, uma vez que transforma o que é Kitsch numa obra de arte, servindo-se da apropriação de objectos do quotidiano.

A maioria das suas esculturas causam-nos uma sensação de estranheza, simultaneamente, somos atraídos por elas, pois essa sensação deve-se ao facto das suas esculturas e instalações parecerem-se com brinquedos e objectos do quotidiano que nos são familiares, mas que estranhamente apresentam-se fora da sua escala e contexto habitual e, ainda, construídos noutro tipo de materiais. 
As convicções de Koons são uma forma inocente, feliz e cheia de confiança de introduzir na arte coisas que as pessoas gostem, de modo a dar-lhes confiança no gosto pessoal. Servindo-se da apropriação do Kitsch, constrói críticas ao comércio da arte e os seus milhões, fama e estrelato, representando a felicidade e o bem-estar, relacionado com o sentido de gosto de cada indivíduo. Posto isto, penso que não ficamos indiferentes ou tediosos perante as suas obras, umas vezes chocados, outras muito alegres, e até rimos!

Fonte: Holzwarth H. (2009) Jeff Koons. (n.d.):Taschen

Site oficial do Artista: http://www.jeffkoons.com/

Mais informação em: 
http://www.metmuseum.org/special/koons_roof/more.asp\
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Jeff Koons, Sacred Heart (Red/Gold), High chromium aço inoxidável com revestimento de cor transparente, 356.9 x 218.4 x 121 cm, 1994–2007 The Steven and Alexandra Cohen Collection © Jeff Koons Fonte: http://www.metmuseum.org/special/koons_roof/images.asp